Quem sabe o que é?

27052015-adiante-adultos-050Atualmente, com a atualização do DSM-5, o autismo está associado a uma díade, ou seja, ao invés de serem reconhecidos três domínios de sintomas de autismo (comunicação, socialização e comportamento repetitivo ou restrito), o transtorno se categoriza em apenas dois (comunicação social e comportamento repetitivo ou restrito). Os portadores geralmente apresentam déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, déficits expressivos na comunicação verbal e não verbal usadas para interação social, falta de reciprocidade social, incapacidade de desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como interesses e atividades manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados, excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento, interesses restritos, fixos e intensos, além de comportamentos sensoriais incomuns.

De acordo com o DSM-5, uma pessoa é categorizada como tendo TEA se ela exibir três déficits na comunicação social e pelo menos dois na categoria de comportamento repetitivo ou restrito.

Além da díade, o autismo é caracterizado por um transtorno comportamental de etiologias múltiplas, com fatores neurobiológicos e genéticos associados, que compromete o desenvolvimento global infantil (Freitag, 2007; Volkmar, Lord, Bailey, Schutz, &Klin, 2004).

27052015-adiante-adultos-014Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades. Esses sintomas causam comprometimento significativo na vida social, ocupacional e em outras importantes áreas de seu funcionamento. Esses distúrbios não são melhores explicados pela deficiência intelectual ou atraso global no desenvolvimento. A deficiência intelectual e TEA frequentemente ocorrem; para fazer o diagnóstico da comorbidade da deficiência intelectual, a comunicação social deve estar abaixo do esperado para o nível de desenvolvimento.

DIAGNÓSTICO DE TEA

O diagnóstico de TEA é realizado entre os 24 e 48 meses de idade e se dá de forma clínica, por meio de observação e de instrumentos de rastreamento e avaliação de sintomas do autismo. O laudo é elaborado por um médico e somente este pode diagnosticar o transtorno.

Estudos apontam que quanto mais cedo a criança com TEA receber o diagnóstico e iniciar o tratamento, mais positivo será o prognóstico, especialmente nas áreas de adaptação psicossocial e familiar, desempenho cognitivo e comportamento adaptativo.